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terça-feira, 22 de abril de 2014

E agora o que fazer?

Cuidar de idosos é algo muito delicado, mais ainda, quando se é portador de alguma demência.

Hoje, após leitura de um manual do cuidador, tentei aplicar à técnica de como colocar a pessoa acamada da cadeira de rodas para a cama. Primeiro, não deu nada certo. Depois de inúmeras tentativas, chorei de tanto rir e, detalhe, a pessoa cuidada, riu muito também!  Acabei colocando-a na cama do jeito de sempre, com muito esforço físico.  Será que não sou uma boa cuidadora? Ou o manual não se aplica a todos os casos?

Quando um imprevisto ocorre devido à nossa inexperiência, para enfrentar tais situações, surge a necessidade de agir dentro do que entendemos ser possível!  

Os idosos precisam de cuidados especiais, mas é preciso transmitir tranquilidade e segurança para que se sintam verdadeiramente amparados. Entretanto, no idoso com demência, mesmo com muita habilidade, encontramos resistência maior ou menor em relação ao grau ou tipo de demência que o acometa.

Quando sentirmos que estamos perdendo o controle sobre o idoso a quem cuidamos, devemos relatar o fato ao seu geriatra ou neurologista, para que nos oriente em relação a melhor forma de lidar com nosso familiar idoso!

Manuais são ótimos para nos indicar alguns procedimentos, mas não se aplicam à todos os casos. Cabe a nós sabermos a hora de pedir ajuda ao profissional que o trata e termos muita paciência, pois veremos futuramente que o início eram flores, cabendo a nós não machucarmos e nem nos machucarmos com os espinhos que virão!

Não esqueça de se cuidar muito bem, se alimentando, bebendo muito liquido e não deixando de se cuidar e se divertir apesar de tudo! Chore se preciso, mas não se amargure nem retraia! Viver é um bem muito caro e não se pode desperdiçar as chances de ser feliz!

Paz, saúde e amor são vitais, e sorria sempre!
Tenham um lindo dia!

By Lory Claudino

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Bem-vindo, ao novo tempo!

Ontem, viviamos nossas vidas como se nada fosse se modificar e hoje, nos deparamos com um familiar diagnosticado com um tipo de demência

O atordoamento e a incredulidade são naturais em todos nós. A notícia nos abala por que gostamos do nosso familiar. Se ele nos fosse indiferente, não ficaríamos tão abalados, poderíamos no máximo, ficarmos surpresos, como quando o mesmo ocorre com um conhecido distante.

Em muitos casos há necessidade de um tratamento terapêutico, tanto para o nosso familiar quanto para muitos de nós, principalmente se a demência for o Alzheimer, cuja carga genética está envolvida. Um duplo temor nos invade, nesse caso: o que vai acontecer com o nosso familiar e, que o mesmo, possa ser o reflexo do que nos pode acontecer.

Conheço gente "muito bem" resolvida que se apavorou tanto que até hoje, anos após a morte do seu familiar, não consegue falar sobre o assunto, usa máscara de bem resolvido e faz terapia (mais de dez anos)!

É direito de todos haver no final da vida um pouco de dignidade e humanidade! E é necessária muita coragem e vontade de continuar lutando! 

Quantas vezes acordamos com vontade de dormir um pouco mais? Então, logo lembramos que tem alguém esperando por nós, por nossa ajuda e cuidados.

Quantas vezes temos de cuidar de alguém, totalmente apavorados, entretanto a pessoa só tem a nós. E aí, não é possível virar e fingir que nada está acontecendo! É a hora de acordar para a vida!

A vida não é só beleza e sucesso! A vida tem beleza e tristeza, a vida é isso!

Aprendo aos poucos, dia a dia, que cada um de nós é útil, capaz e necessário!

Cada um de nós é capaz de vencer todas as barreiras para ajudar alguém a quem amamos!


Antes era eu, agora somos nós!



Foto by Lory



quinta-feira, 10 de abril de 2014

Pequenas mudanças

Os casos que cursam com demência são muito delicados de tratar e, muitas vezes, de reconhecer quando estão na fase inicial. Normalmente, surgem pequenos lapsos de memória, que muitos acreditam ser mero esquecimento. Mesmo nessa fase é importante observar se são episódios isolados ou algo recorrente, nesse segundo caso, necessitando de avaliação e tratamento médico.

Quando é confirmada uma doença demencial, no início, às vezes, com bastante lucidez o próprio portador da doença tem noção do que o espera e pode ser extremamente penoso para ele, precisando encontrar força para continuar com ajuda da família.

É necessário parar e refletir sobre como cuidar do nosso familiar e pensar em como podemos contribuir para que a pessoa a quem cuidamos tenha um futuro melhor, ou, não se sinta tão isolado ou angustiado. Ao contrário do que muitos pensam, eles têm sentimentos conflitantes e momentos de plena lucidez, principalmente no início e no meio da doença.

Há tempos em que tudo o que precisamos é ter atenção e paciência. O carinho é essencial para assegurar um melhor bem estar para ambos, nós e eles. Por isso, não podemos deixar de valorizar cada atitude positiva do outro, entendendo que para ele é algo feito com muito esforço.

Para que a dura rotina de cuidar de um familiar não se torne muito estressante, é necessário sair de vez em quando, olhar o mundo, ver gente nova e sair do lugar comum. Veja um filme, vá ao teatro, converse com amigos e respire fundo para retomar o fôlego e continuar lutando...

sexta-feira, 4 de abril de 2014

O cuidar

Novos caminhos, lugares e situações se apresentam a cada dia, mostrando coisas que jamais imaginávamos poder vivenciar.

Viagens cuidadosas são situações em que saímos do conforto que acreditamos ser inabalável e nos deparamos com medo, surpresa e às vezes situações risíveis.

Cuidar, exige cuidado em dobro!! Devemos cuidar do outro sem esquecer de nós, para não perdermos a saúde nem a personalidade.

Amar requer sacrifício,  não perda de identidade nem fragilidade física ou emocional.

Nessa viagem delicada, o cuidado, deve ser conosco e com o outro para que seja menos difícil a longa jornada!!!

Dúvidas, criticas e sugestões serão sempre bem-vindas!