Percebendo como tudo começa!

No início, podem conversar agradavelmente. Vestem-se sozinhos e harmonicamente, não precisando de conselhos para escolher as suas roupas. 

Posteriormente, aparecem os  primeiros lapsos de memória; começam  a ter dificuldades de combinar as peças e abotoam  as roupas de forma errada, começam a não saber colocar os botões nas casas certas.

Deixam de prestar atenção aos detalhes, aparecendo, por isso, problemas quer em casa ou no trabalho.

Os negócios e as finanças podem ter abalos inesperados, necessitando de alguém para ajudar a traspor as dificuldades que surgem e lhe causam frustração.

Percebesse uma instabilidade emocional. A realidade começa a se afastar. Prometem coisas que que não podem fazer e não fazem o que podem. Distorcem os fatos e sentem que as coisas são mais fáceis ou difíceis do que são.

Deixam de cooperar gradativamente e iniciam os primeiros conflitos. Sentem-se perseguidos por um membro do trabalho ou família e tornam-se hostis com os mesmos. Ambos os lados começam a se estranhar e evitam o contato. A hostilidade do doente faz com que a comunicação fique difícil, às vezes, impossível. Vê o outro como alguém pronto para lhe fazer algum mal. Começa a inventar coisas e ver coisas. Para quem está do outro lado parece difícil perceber que o problema já está instalado e que já passou do tempo de procurar ajuda.  Só que tem um detalhe: o doente não se enxerga com doença, nessa fase, e, não aceita ser levado ao médico. é necessário usar artifícios para levá-lo a um consultório para avaliar o seu quadro. Somente depois de constatada o tipo de demência, receberá tratamento: normalmente medicamentoso e psicoterápico.

É importante perceber quando algo diferente começa a acontecer, para começar logo o tratamentoPublicado em
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Se isso não ocorre, a doença vai progredindo e só quando já se torna difícil deixar de  perceber, é que  se procura ajuda para o doente.

De qualquer maneira é preciso tratar com muita delicadeza o problema e não esconder dos outros que o idoso é portador de uma demência...Com o tempo todos à volta percebem!

Apesar de tudo a vida segue em frente! A pessoa continua  sendo a mesma: com algumas modificações, mas a mesma que amamos e que nos ama.

Viver bem é uma dádiva; viver bem apesar das dificuldades é uma dádiva ainda maior!

Aproveite os bons momentos, divirta-se e siga o seu caminho!

Compartilhe as horas alegres e não somente as tristes! Viva a vida por inteiro! Seja feliz e dê felicidade !!!                      

by Lory

                           

Convivendo com a realidade!

Na família sabemos que vamos encontrar amor, respeito e união. No seio familiar encontramos a energia necessária para continuarmos lutando e, é nela que podemos descansar e sermos nós mesmos. A família é o porto seguro para onde podemos retornar para aliviar as tensões e, também, para amparar aos que precisam de nós! 

A família pode ser onde nascemos ou onde escolhermos viver: é o lá o nosso lar!

Os idosos têm de sentir no seu lar carinho e amor incondicional, estejam doentes ou sadios; tendo falhas de memória ou lembrando de tudo.

Alzheimer, Parkinson, HPN e outras síndromes demenciais, necessitam encontrar nos familiares respeito não somente pelas pessoas sadias que um dia foram, mas, principalmente, nos momentos de doença e fragilidade.

Num olhar esquecido, tem um ser humano por trás... não se perde a humanidade, perde-se o lado cognitivo, a capacidade de controlar algumas funções, o controle motor, a fala torna-se de difícil entendimento... Todavia o ser humano ainda está lá!

Há pessoas que não conseguem conviver com tais mudanças e preferem fingir que, por causa de tantas modificações, o ser humano se perdeu. Nesse momento começam a se afastar para que a dor de perder a pessoa que conheceram, não seja forte demais. Nessa fuga, para não se machucarem mais, acabam perdendo momentos ruins e bons momentos também... Mesmo em doenças demenciais há sempre momentos de alegria: poucos é verdade, mas que são capazes de reconfortar mais, do que o simples afastamento.

Encontrar o equilíbrio entre cuidar de alguém que se está perdendo e não sofrer tanto com essa perda é extremamente difícil: não impossível!

Não cabe aqui, dizer o que é certo ou errado...cada pessoa tem o seu limite e esse limite deve ser respeitado...

É necessário entender cada fase da doença de u m familiar com demência. Pode-se ajudar sendo o cuidador ou contratando um profissional qualificado, que entenda melhor as dificuldades presentes e futuras do idoso. Fazer isso, ás vezes, pode ser o melhor para ambos: idoso e familiar. Contratar alguém capacitado é melhor do que se tornar um péssimo cuidador do seu familiar. Não se esqueça, porém, de que haverá momentos que a sua presença será necessária, pois o cuidador por profissão, não será jamais a família do idoso...

Para os que se cansaram de lutar e para os que insistem na luta: o importante é se manter fiel aos seus sentimentos; reconhecer os seus limites e lembrar de que enquanto puderem sorrir estará tudo bem. 

Ser feliz é o mais importante para se dar felicidade!!!

by Lory

Muita calma nessa hora!

Mudanças de ambiente, locais onde fazem as refeições, onde dormem e até mesmo roupas, lençóis e toalhas fazem com que o idoso sinta como se houvesse uma grande modificação em suas vidas.

Em casos assim, os idosos com síndromes demenciais, costumam se tornar muito agitados e arredios. Podem também ficar calados ou ter maiores delírios e alucinações.

Durante os horários de refeições é necessário que o ambiente seja o mesmo, haja calma, nenhuma pressa, pois costumar se alimentar com maior lentidão. Em nenhum momento devesse apressar o tempo do idoso: cada um tem o seu jeito e deve ser respeitado. Muitos, por causa das dificuldades mastigatórias, chegar a levar duas horas ou mais para terminar sua refeição. 

Apressar o idoso durante as refeições pode fazer também que se engasguem com mais frequência, tendo, às vezes, de serem levados a um pronto-atendimento por causa de broncoaspiração.

Uma pessoa conhecida ou desconhecida que surja durante às refeições pode fazer com que deixem de comer ou façam à mesa coisas que comumente não costumam fazer.

Um ambiente com música alta, televisão ligada, uso de celular ou o simples tocar de um telefone pode suscitar mudanças comportamentais e até recusa de se alimentar.

O tipo de refeição oferecida deve ter sempre orientação de um nutricionista e geriatra, pois em cada fase das várias síndromes demenciais o alimento oferecido deve ser diferente. No início, o alimento é mais sólido, e com a evolução da doença começa a se modificar tornado-se pastoso para facilitar a digestão e  a deglutição.

Muitas vezes, é necessário introduzir suplementação alimentar: sempre com orientação médica ou do nutricionista.

Não se deve achar também, que o que foi bom para um conhecido com o mesmo tipo de síndrome, será bom para todos os idosos com o mesmo problema. Não se esqueça de que um pode ter diabetes, colesterol e pressão alta e outros não terem: uma regra que serve não

só para os idosos, serve para todos nós! 

Ao iniciar o seu dia, se alimente bem, descanse nos momentos que puder, se distraia  um pouco, se mantenha informado sobre os problemas referentes a doença de quem você cuida, mas não deixe de ouvir as notícias do mundo exterior. Respire fundo e acredite que apesar de tudo você é uma pessoa feliz!

Tenham um bom dia!

by Lory

Um olhar de ternura

Temos de  tomar consciência nesse país, que a população está envelhecendo.

Os cuidados com os idosos não podem se restringir às vacinas, alguns centros de apoio e ao Estatuto do Idoso.

Na prática o que está acontecendo para melhorar a vida dos idosos? Onde estão as calçadas para se caminhar com segurança, andando à pé, de bengala, de andador ou em cadeiras de rodas? 

Mesmo o idoso andando amparado pelo cuidador familiar ou não, tem dificuldade para driblar as calçadas ingremes, a falta de sinalização, falta de rampas e o desrespeito. Isso incomoda não somente aos idosos, mas também àqueles que têm alguma limitação física.

Os idosos com alguma demência são menosprezados e olhados de soslaio pela sociedade. Vistos como loucos e senis: esquecidos nos cantos como coisas indesejáveis. Seus cuidadores costumam também ser meio esquecidos e pouco convidados para locais que antes frequentavam normalmente.

As casa dos idosos com demências, também costumam receber menos visitas à medida que as doenças progridem.

Normalmente, as pessoas adoecem e se recuperam, tendo perspetivas de um futuro melhor. No caso do idoso, principalmente, com síndrome demencial, essa perspetiva não existe. Existe acompanhamento, tratamento, não cura. No caso, do HPN (hidrocefalia de pressão normal), com o uso de "válvula" pode haver grandes mudanças, dependendo do grau e resposta do doente.

Conviver com o descaso, ignorância e desrespeito das outras pessoas é tarefa árdua. explicar o quadro demencial aos que desconhecem a doença é muito exaustivo.

Ambos, idoso e cuidador se tornam vítimas de algo que não têm culpa. 

Alzheimer, HPN, Parkinson, podem acometer pessoas mais jovens, sendo, entretanto, mais comuns na terceira idade.

Por outro lado não podemos deixar que tais impedimentos nos diminuam ou tirem nossa vontade de estarmos ao lado de nossos familiares. Ás vezes, podem nos olhar e não reconhecer, mas noutras vezes, são tão dependentes de nós: como se pedissem colo e afeto com um simples olhar, sem dizer nada...

by lory

Mães das mães

by Lory

As dúvidas e incertezas de cada dia, a rotina estressante e o medo do futuro são coisas comuns no dia a dia do familiar cuidador e do próprio idoso cuidado.

Hoje é um dia para tentar esquecer um pouco dos problemas e viver um o presente que temos!

Cuidadoras são mães em dobro e as mães são filhas duas vezes (de suas próprias mães e daquelas que cuidam delas como filhas que se tornaram.

É o momento de pensar nas alegrias e deixar as dores para o amanhã.

É dia de homenagens às mães idosas e as filhas (mães) cuidadoras).

É dia de receber flores e poder contemplá-las!

Que hoje seja o dia do encontro e que as flores tenham o perfume que fique em nossa lembrança!

Vendo o problema de perto!

                                  

By Lory Claudino

Que tal acordar e se deparar com o seu familiar com as mãos cheias de algodão e mastigando o algodão retirado da fralda como se estivesse mascando chicletes?

Assim ocorre com muitas famílias de idosos com Alzheimer e HPN, principalmente. Existem outras demências: Senil, Diabética, Parkinson, dentre tantas outras. Todavia, no Alzheimer e na Hidrocefalia de pressão normal o quadro é geralmente muito exacerbado, o comportamento dessas pessoas é muito parecido e os diagnósticos podem ser confundidos.

Quando se tem um diagnóstico correto da sindrome demencial que acomete o idoso, se torna mais fácil  o tratamento e o prognóstico evolutivo da doença, as medicações que serão usadas e no caso do HPN, se há chance de reverssão do quadro ou diminuição dos sintomas através de cirurgia, com colocação de "válvula".

Pode parecer estranho, mas é necessário consultar mais de um médico da mesma especialidade, para se ter certeza de que não estão confundindo as doenças. Por terem sintomas muito parecidos, muito médico, considerado, "especialista" erra no diagnóstico; tratando e medicando de forma totalmente equivocada e prejudicial ao paciente.

Nos dias de hoje, com toda a tecnologia de que dispomos, o erro é comum, principalmente no tocante as funções cerebrais. O erro é regra e não exceção!

De qualquer maneira, será preciso, além de um correto tratamento médico; um correto acompanhamento dos familiares cuidadores. Cuidando do corpo e da mente daquele que cuida de um familiar, será mais fácil cuidar do nosso idoso!

Ao nosso redor podemos ter um familiar idoso com demência, podemos brincar com eles, chamar atenção deles na hora certa, mas não podemos fazer do seu delírio o nosso delírio!

Precisamos atravessar as dificuldades sem deixar que elas nos atravessem e nos causem danos. Esse é o segredo para ter uma vida melhor e poder lidar com os problemas que surgem.

Sorria sempre, se divirta e seja o mais feliz que puder!

Foto by Lory

Cuidando com cuidado.

By Lory Claudino

Nas doenças demenciais dos idosos, o sentimento de gratidão e apego aos poucos vão desaparecendo.

Não espere parabéns e nem muito obrigado.

O mais importante é o "eu" do doente idoso. O egoísmo e a falta de unidade se tornem cada vez mais visíveis.

Os idosos se infantilizam (falam com voz imitando criança, inclusive), agindo como crianças mimadas e voluntariosas: muitas vezes se tornado agressivos e capazes de se machucarem e machucarem aos outros. Por isso, muito cuidado com o tamanho das unhas dos idosos: deixe-as sempre bem curtas e bem lixadas.

De um lado, têm muito medo e de outro, são capazes de atitudes de total audácia: se jogam de camas, rasgam fraldas e tiram a roupa com grande facilidade em frente das pessoas.

Necessitam cada vez mais de atenção e cuidados redobrados; não sendo nem um pouco confiável deixá-los muito tempo sozinhos (mesmo no leito), ou com objetos que possam engolir como por exemplo: botões, linhas soltas, apliques em roupas, papel e a tão temida fralda geriátrica, que por ser de uso obrigatório, em função da incontinência, não há como evitá-las.

Um recurso que pode minimizar o acesso às fraldas, pelas mãos dos idosos, é usar por cima delas, sem deixar nenhum pedaço aos alcance de suas mãos, uma bermuda ou calça de pijama,  bem justas na altura da cintura e coxas. Não pode ser incomodo ou machucar ou prender a circulação da pessoa. Serve apenas para impedir que a fralda fique fácil demais de ser rasgada.

De qualquer maneira, a coesão entre os familiares, médicos e fisioterapeutas é de extrema necessidade para auxiliar no presente e no futuro, tanto do idoso quanto dos seus cuidadores, familiares ou não.

Saber lidar com a adversidade e os imprevistos é vital para todos!

O que sentimos e como lidamos com os sentimentos é importante para a nossa saúde física e mental. Chorar se preciso, deprimir jamais! Sorrir, passear, dar risadas, nos dão a energia suficiente e necessária para continuarmos e poder ajudar aos que precisam de nós!

Tenham Paz, Saúde e amor!

by Lory

O perigo das fraldas

Quando chega a noite, na hora de deitar e dormir, fica difícil perceber certas coisas: pois nós também necessitamos descansar de um longo dia! 

É justamente durante o sono, às vezes, aparentemente tranquilo, que perdemos o controle de algumas situações. Os idosos com algum tipo de  demência, costumam ter um sono irregular ou acordar com alucinações ou delirar durante o sono e, como algumas crianças, se mantem calados ou emitem poucos ruídos.

O uso de fraldas geriátricas é muito necessário para evitar que  o idoso com incontinência durma ou acorde molhado e se suje. Contudo,  muitos idosos costumam rasga-las durante o sono ou ao despertarem. E daí? Podem perguntar. Qual o problema nisso? Vão se sujar, tomam um banho e trocam de  fralda! Mas o risco maior não reside simplesmente em se sujar. O maior risco está no sufocamento ou broncoaspiração.

Ocorre que durante o sono, o idoso pode rasgar a fralda, retirar o plástico e o algodão, e, mastigar ou engolir esses materiais, ocasionando sufocamento ou broncoaspiração. Tudo acontece com eles dormindo ou semi-acordados. Fica muito difícil de prevenir algumas situações.  Se o idoso broncoaspirar o algodão, em casa torna-se complicado fazer alguma coisa, será necessário levá-lo imediatamente para uma emergência. Pode-se tentar a manobra de heimlich, para desengasgar o idoso. Porem, não acho que seja uma manobra simples que qualquer pessoa possa executar. É necessário certa experiência e força para executar tal manobra.

Não vá dormir com a paranóia de que isso vai acontecer, hoje ou amanhã: pode ser que nunca aconteça, mas esteja ciente de que a qualquer momento isso pode acontecer. Não se desgaste antes do tempo, não seja, entretanto, pego de surpresa se acontecer.

E nunca se esqueça: seja feliz apesar de tudo! Se cuide e se ame para poder cuidar do outro.

Boa noite!!!

                                                                       by Lory