Ontem, viviamos nossas
vidas como se nada fosse se modificar e hoje, nos deparamos com um familiar diagnosticado
com um tipo de demência
O atordoamento e a incredulidade
são naturais em todos nós. A notícia nos abala por que gostamos do nosso familiar.
Se ele nos fosse indiferente, não ficaríamos tão abalados, poderíamos no máximo, ficarmos surpresos, como quando o mesmo ocorre
com um conhecido distante.
Em muitos casos há necessidade de um tratamento terapêutico, tanto para o nosso familiar quanto para muitos de nós, principalmente se a demência for o Alzheimer, cuja carga genética está envolvida.
Um duplo temor nos invade, nesse caso: o que vai acontecer com o nosso familiar
e, que o mesmo, possa ser o reflexo do que nos pode acontecer.
Conheço gente "muito
bem" resolvida que se apavorou tanto que até hoje,
anos após a morte do seu familiar,
não consegue falar sobre o assunto, usa máscara de bem resolvido e faz terapia (mais de dez anos)!
É direito de todos haver no final da vida um pouco de dignidade
e humanidade! E é necessária muita
coragem e vontade de continuar lutando!
Quantas vezes acordamos com vontade de dormir
um pouco mais? Então, logo lembramos que tem alguém esperando por nós, por nossa
ajuda e cuidados.
Quantas vezes temos de
cuidar de alguém, totalmente apavorados, entretanto
a pessoa só tem a nós. E aí, não é possível virar e fingir que nada
está acontecendo! É a hora de acordar para a vida!
A vida não é só beleza e sucesso! A vida tem beleza e tristeza,
a vida é isso!
Aprendo aos poucos, dia
a dia, que cada um de nós é útil, capaz e necessário!
Cada um de nós é capaz de vencer todas as barreiras
para ajudar alguém a quem amamos!
Antes era eu, agora somos
nós!
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