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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Bem-vindo, ao novo tempo!

Ontem, viviamos nossas vidas como se nada fosse se modificar e hoje, nos deparamos com um familiar diagnosticado com um tipo de demência

O atordoamento e a incredulidade são naturais em todos nós. A notícia nos abala por que gostamos do nosso familiar. Se ele nos fosse indiferente, não ficaríamos tão abalados, poderíamos no máximo, ficarmos surpresos, como quando o mesmo ocorre com um conhecido distante.

Em muitos casos há necessidade de um tratamento terapêutico, tanto para o nosso familiar quanto para muitos de nós, principalmente se a demência for o Alzheimer, cuja carga genética está envolvida. Um duplo temor nos invade, nesse caso: o que vai acontecer com o nosso familiar e, que o mesmo, possa ser o reflexo do que nos pode acontecer.

Conheço gente "muito bem" resolvida que se apavorou tanto que até hoje, anos após a morte do seu familiar, não consegue falar sobre o assunto, usa máscara de bem resolvido e faz terapia (mais de dez anos)!

É direito de todos haver no final da vida um pouco de dignidade e humanidade! E é necessária muita coragem e vontade de continuar lutando! 

Quantas vezes acordamos com vontade de dormir um pouco mais? Então, logo lembramos que tem alguém esperando por nós, por nossa ajuda e cuidados.

Quantas vezes temos de cuidar de alguém, totalmente apavorados, entretanto a pessoa só tem a nós. E aí, não é possível virar e fingir que nada está acontecendo! É a hora de acordar para a vida!

A vida não é só beleza e sucesso! A vida tem beleza e tristeza, a vida é isso!

Aprendo aos poucos, dia a dia, que cada um de nós é útil, capaz e necessário!

Cada um de nós é capaz de vencer todas as barreiras para ajudar alguém a quem amamos!


Antes era eu, agora somos nós!



Foto by Lory



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